Você já imaginou por onde seu e-mail e telefone podem ter passado, considerando a imensidão da internet? Nossos dados percorrem diversos sites e formulários e, muitas vezes, não temos ideia de como serão usados. Essa situação aconteceu de forma desenfreada por muito tempo até a chegada da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). Ela entrou em vigor recentemente para controlar os golpes e proteger os usuários.
Para você entender a importância dessa norma: somente em 2020, 41 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos foram registradas na América Latina. Ou seja, criar maneiras mais efetivas de lidar com os dados fornecidos pelos usuários é fundamental para qualquer empresa, incluindo as agências de marketing.
Por isso, neste conteúdo, vamos explicar melhor o que é a LGPD e como os profissionais da área devem adequar suas estratégias à ela. Confira abaixo!
Entenda o que é a LGPD e como ela impacta as agências de marketing
Bom, trabalhando com publicidade, provavelmente, você já entende o quanto as informações são relevantes na internet. Saber o e-mail de um usuário ou seu comportamento on-line, como os sites que acessa, faz toda a diferença para o inbound marketing, por exemplo. Assim, esses dados acabaram virando moeda de troca no meio digital e foi necessário regulamentar a forma como lidamos com eles.
A LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) surgiu justamente para isso. Seu objetivo é oferecer mais controle no tratamento das informações e conceder direitos a quem as disponibiliza. Ela regulariza a coleta, o processamento e o armazenamento dos dados, visando a gerar mais privacidade.
Desde que entrou em vigor, a norma pode penalizar aquelas empresas que não cumprirem as regras. Se confirmada a violação, a punição consiste em uma multa de 2% sobre o faturamento anual ou diário da companhia. Porém, esse valor não pode ultrapassar os R$ 50 milhões.
Agora, quando pensamos na realidade das agências de marketing, existe uma série de pontos que precisam ser ajustados para cumprir a lei. É fundamental colocá-los em prática para evitar as punições e garantir a segurança da base de seus clientes. No próximo tópico, vamos mostrar como realizar esse processo. Confira!
Saiba como adequar as agências de marketing à LGPD
Anúncios, landing pages, formulários e e-mails são recorrentes em seu dia a dia, não é mesmo? Todos esses canais auxiliam a captar contatos para educá-los no funil de vendas mais tarde. Por esse motivo, com a nova lei, será necessário rever a forma como solicitamos as informações e, também, o que enviamos para esses leads. A seguir, apresentaremos 6 dicas para não errar na hora de criar uma estratégia. Acompanhe e boa leitura!
Tenha uma base legal de leads
Talvez você não goste muito de saber, mas todos aqueles leads que já existem na base de seus clientes precisam ser reavaliados. O objetivo é entender se está liberado, ou não, continuar mandando comunicações para eles. Para ajudar nisso, a LGPD possui 10 regras, chamadas de hipóteses, que autorizam esse envio. No marketing e na publicidade, 3 delas se encaixam: consentimento, legítimo interesse e contratos.
A primeira nada mais é que o usuário aceitar receber as mensagens entendendo, de forma clara, a natureza do que será encaminhado. A segunda situação é uma das mais flexíveis da lei. Ela libera o tratamento dos dados desde que haja interesse legítimo do controlador ou de terceiros, sem ultrapassar os direitos e liberdades do titular.
Por fim, a terceira permite o processamento das informações para o cumprimento de uma obrigação prevista em contrato. Em todos os contextos, é importante garantir que os contatos já existentes na base se encaixem em uma das hipóteses, assim como os futuros.
No começo, pode parecer uma barreira, afinal tende a diminuir o número de leads que se tem para trabalhar. Porém, essa prática, além de manter a segurança, ajuda a filtrar as pessoas que realmente têm interesse na empresa. Assim, não é necessário ficar dedicando esforços a um usuário que, provavelmente, não converterá.
Não faça estratégias invasivas
Quem nunca ouviu falar de empresas que compram dados de clientes? Essa situação era muito normal há alguns anos. Mas, na maioria dos casos, é incompatível com as normas da LGPD. Por isso, é essencial rever a forma como sua agência de marketing adquire dados de consumidores. Até porque faz muito mais sentido captar um lead por um anúncio com call to action para uma ligação do que comprar um dado frio.
O mesmo vale para a situação inversa, ou seja, sua agência vender os leads que já adquiriu. Essa prática também pode caracterizar infrações na lei, viu?
Peça autorização para utilizar os cookies
Ultimamente, é impossível entrar em um site e não surgir aquela notificação pedindo para autorizar o uso de cookies. Essa ação é originária da LGPD, que considera que alguns dos identificadores que ficam salvos no navegador de um dispositivo são dados pessoais.
Acontece que eles podem ser utilizados para muitos fins, principalmente dentro da publicidade. É possível, por exemplo, mensurar o número de usuários e monitorar seu comportamento dentro de uma página.
Sem contar que eles auxiliam no famoso remarketing, para que os anúncios sobre aquela empresa “persigam”, mais tarde, quem acessou o site. Por isso, aqui, é fundamental adicionar essa confirmação nas páginas de seus clientes, além de adequar às autorizações a forma como elas serão utilizadas.
Colete apenas os dados fundamentais
Outro ponto importante da LGPD é solicitar apenas os dados que são essenciais para o uso da empresa. Então, lembra daqueles formulários gigantes que pedem uma série de informações sobre os consumidores? É importante que eles sejam revistos.
Por exemplo: normalmente, não faz sentido solicitar o CPF de uma pessoa que está fazendo o download de um e-book. É claro, com exceção das situações em que esse dado for estritamente necessário para as operações do negócio.
Facilite a exclusão do contato
Ninguém merece passar horas tentando cancelar uma assinatura ou parar de receber algum e-mail, não é mesmo? Portanto, deve-se facilitar a saída dos contatos da base de seus clientes. Esqueça aquela história de botões escondidos ou demora no atendimento em casos de exclusão. Se o lead quiser deixar de receber as comunicações, ele tem esse direito e a situação deve ser resolvida de maneira simples.
Escolha ferramentas que cumpram a LGPD
Sabemos que as agências de marketing trabalham com diversas ferramentas parceiras, seja para anúncios ou para programação de postagens. Por isso, é importante verificar se elas também estão cumprindo a LGPD. Isso porque se houver alguma infração, mesmo que de um terceiro, você também responderá pelo problema.
A PhoneTrack, por exemplo, já está adequada a todas as normas necessárias. Até porque, nas chamadas telefônicas com os contatos, geramos dados de voz que devem ser armazenados e gerenciados com segurança. Além, é claro, de proteger qualquer informação sensível utilizada pelo nosso time.
Que tal aproveitar esse momento de estudo para entender mais ainda sobre a LGPD na sua agência?
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